Transparência na corrupção uma bela forma de enxergar o Brasil
Por Caliana Mesquita
As inúmeras denuncias de sonegação, fraude, tráficos de influência arrebatam o sistema politico nacional deixando no brasileiro a sensação de que, a falta de ética social limita o caráter daqueles, que a priore, deveriam estar trabalhando para o povo e a serviço dos mesmos. Mas a corrupção já esta atrelada ao histórico politico nacional, de tal forma, que a impressão que se tem é de que o sistema é corrupto “geneticamente”, e quem é o “Mouro” capaz de ousar tentar modifica-lo?
Se utilizarmos como ponto de referencia o resultado do ultimo Índice de Percepções de Corrupção e Transparência Internacional, publicado janeiro 2016, que avalia os países mais corruptos do mundo, perceberemos que o Brasil esta em uma situação relativamente “confortável”. Ora, Ora, ocupamos a 76ª posição de 175 países avaliados. Diante dos constantes escândalos que são denunciados pela mídia brasileira, perceber que existem 76 nações piores do que a nossa, nos leva a um sarcástico contentamento e a uma inquietante reflexão. O ser humano é corrupto por essência ou ele é fruto do meio?
”O cenário politico municipal abre as portas da politica, é lá que o cidadão apodrece”.
O poder fascina e o dinheiro vicia. A ética então se torna irrisória diante do glamour destes dois atributos humanos. Porém se há indivíduos capazes de se manterem intactos diante do sistema, a corrupção não é nata do ser humano. E se o meio é criado pelo homem, o mesmo pode transforma-lo diante da sua necessidade. O problema é: será que quando a humanidade perceber que saúde, educação e segurança são mais importantes do que o dinheiro e o poder haverão lideres capazes de modificar a genética do sistema politico e homens dispostos a consertar o estrago social consequente das más escolhas?
Se entendemos a educação como a base do tripé social, composto por Saúde- Educação- Segurança, porque não avaliamos nossos representantes por qualificação acadêmica e profissional assim como selecionamos os executivos e diretores de nossas empresas? É importante que antes de gritarmos como analfabetos cívicos que querem mudança, façamos uma reflexão sobre que mudança é esta que estamos buscando.
O mundo muda quando nos dispomos a uma nova forma de observa-lo.
